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sábado, 11 de junho de 2011
AS PEDRAS DO VALE
fomos. somos. seremos.
seres fielmente enganados,
todos os dias trocados de mundos.
pessoas correm lá fora, cortantes
para os meus olhos programados.
segundos. horas. dias a fio,
permanecemos assim parados.
eu sem mim, eu sem nós
e tu, ignoras de longe, em silêncios profundos
todos os nomes,
todas as ruas por que passamos.
nós, contigo distante.
nós, um ser ofegante
dormindo ao abrigo das mentiras prometidas.
nós, sempre assim.
eu, agora por fim:
só, sem saber bem de ti…
sabendo apenas que nesse nós existi.
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