vagueiam
pelos reinos desta noite jovem os gastos dias
arrastam-se
tropeçam
moribundos
como cartas de primaveras distantes que ardem
agora
no interior do silêncio
e do
medo niilista
à
chuva
um
pedante pedinte dança envolto numa bucólica melodia
e um
cão vadio corre em círculos em seu redor
os
dois sabem
que nada
têm a celebrar senão a fome que os faz sentir vivos
no
interior da casa e de estômagos cheios
eu e
a insónia deixamo-nos ficar
a
contemplar pela janela entreaberta a estranha dança da vida
porque
pode ser que nos atire uma moeda
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