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domingo, 11 de setembro de 2011
poema do poema
ser poeta é nascer de cabeça para cima
e sentir a vertigem a cada passo dado.
é reter subliminarmente um segundo diferente
e depois virar a página com a tinta ainda quente.
é ver nas estrelas terrores imensos
e nos contos de fadas finais inesperados:
um príncipe feio, um castelo desmoronado.
é sentir tudo e inventar o que falta cá dentro.
pelo meio dar um grito, só para se fazer notar.
montar o primeiro cavalo que passa,
de cabeça para baixo, e deixar-se escorregar.
- galopar! galopar! galopar!
sentir o andamento mais rápido
e o corpo a não aguentar. parar.
reler só mais uma vez.
assinar apenas se valer a pena.
se vês nele um sentido por dizer,
chama-lhe: o poema do poema.
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