antes de
partir, contemplei o mármore frio que te cobre.
sou um
comboio de memórias que pedem misericórdia.
o seu único
anseio é que as deixem repousar,apartadas dos espelhos e do tempo,
longe da ética, da estética e das bagatelas do quotidiano.
dançam em
sonhos crepusculares os corvos e as pombas
que sobrevoam
esta locomotiva de hiatos,transportadora da morte e da vida, juntas por engano,
mergulhadas no profano desejo de um impossível abraço.
tudo se
desloca para um paradeiro incerto,
mas a marcha
não pode ser interrompidae dentro de alguns anos alcanço a pátria do esquecimento.
antes de partir, pensei em verso
branco no teu morto rosto.
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