desde os tempos primordiais que o Homem sente a necessidade de comunicar, de interagir com os outros, no fundo, de produzir e receber conhecimento. de resto, tal como todas as espécies de ser viventes comunicam, ainda que de forma muito mais rudimentar. fica, portanto, reservada à humanidade a capacidade de criar e divulgar conhecimento.
para esse efeito, o acto de redigir um texto sempre foi uma das formas mais utilizadas para comunicar. até Deus escreveu em tábuas para que a sua mensagem não fosse perdida e, dessa forma, o povo Hebreu seguisse, ao longo dos séculos, os seus mandamentos. no entanto, escrever em tábuas nunca foi algo fácil para o braço humano, tornando-se o papel, durante uma linha de tempo bastante extensa, o meio que suportou a comunicação escrita. ele permite que uma mensagem se torne intemporal e se propague, porém tem a desvantagem de ser unidireccional. ou seja, a mensagem não pode ter feedback directo e a interactividade é inexistente.
com o desenvolvimento dos meios tecnológicos deu-se uma revolução na forma de comunicar. actualmente o mundo está todo interligado, tal como sucede com a informação escrita. a palavra folha de papel foi substituída por webpage, a palavra texto por hipertexto e a palavra leitor deu lugar a seguidor, alguém que interage em tempo real com o autor da mensagem.
as bibliotecas e os alfarrabistas perderam alguma da sua essência, pois na Internet temos tudo o que procuramos à distância de um clique. a própria Literatura aliou-se ao avanço tecnológico, sendo os e-books actualmente uma realidade. os Poetas de hoje deixaram de escrever nos guardanapos dos cafés e passaram a escrever directamente nos seus blogues. através deles chegam até outras pessoas com interesses comuns ou semelhantes aos seus. tudo está relacionado de forma simples e intuitiva. cada um lê, ou consome, apenas aquilo que pretende.
o mundo parece girar mais RÁPIDO. tudo está mais PERTO. Tudo está “linkado” a TUDO.
não escrevemos em tábuas ou em guardanapos.
descanso às árvores!
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