pensei que se não visse não serias.
mas tu és, em último caso, a sombra do meu timbre;
tu és as máquinas do mundo que avançam e matam;
és a fome maior que afecta o meu pensamento circular.
és os silêncios que tornam estas palavras realizáveis. és o mar,
solto das suas correntes. sons estridentes. és as máquinas.
és o futuro e o passado conjugados num só. és o pó.
és a terra que me derruba e prende. és tu sem estares
onde eu estou, porque o espaço é curto e tu não caberias.
és o tempo que se estende. és as horas frias. és as máquinas.
pensei que se te dissesse saberias.
Brilhante! Gravidade, subtileza e carga emocional reunidas nestes versos.
ResponderEliminarNunca é demais dar-te os parabéns, André. Da tua mão escorre arte.