Ó Deus...pobre de mim porque sinto.
Pesado é o fardo que me dais.
Triste o fado que pressinto,
dura é a viagem até ao cais.
Creio em meu coração
mas meu coração mente.
Engana-me como gente,
ilude como a razão.
Sentir é como um vício...
sentir faz-me sonhar,
sentir faz-me sofrer,
sentir faz-me voar,
sentir faz-me morrer.
Apodreço nesta prisão,
da qual não quero saír.
Sufoco na imensidão
que é a prisão do sentir.
E neste labirinto sem fim,
continuo divagando.
Mas a cada momento sinto em mim
uma dor maior...uma dor que vai matando.