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sexta-feira, 23 de julho de 2010

MERAS PALAVRAS

Essas palavras
Eu li ontem no teu diário
Dissolvidas em lágrimas
Algumas também minhas
Causadas pela vida
Fina linha em que caminhas

Hoje eu tentei
ler tudo novamente
tentando achar o erro
ou novo significado
mas só me perco ainda mais
neste livro já fechado

Amanhã eu não sei
talvez lhe volte até a pegar
talvez haja ainda folhas
livres para eu escrever
algumas vagas meras palavras
que tu possas um dia ler



Este poema, tal como os últimos postados aqui no blogue, surgem depois de uma curta paragem que eu fiz na minha esccrita. Precisava de mudar um pouco e me distanciar daquilo que vinha a escrever ultimamente. Não pretendo mudar o estilo, apenas buscar novos temas e diferentes sentimentos. Decidi dar o nome de MERAS PALAVRAS a este poema, porque ele é como um recomeçar.

GRITOS

Algo no ar me perturba neste dia

Sinto uns gritos abafados
que me traz este vento
são corações apertados
almas nuas em sofrimento
como a minha as percebe
quase que sabe suas histórias
seus sonhos inconfessáveis
suas realidades ilusórias

Encontro tudo isso ainda em mim

Neste coração tão castigado
por ti por mim mutilado
ele não era bem assim
neste sonho prolongado
tuas palavras foram fim
de um amor quase roubado
que levei ontem de alguém
e tu tiraste hoje de mim

E agora só o longo tempo levará

As cinzas que tu deixaste
os restos deste amor
em que nunca acreditaste
e agora eu não sou mais
do que um grito abafado
como esses que o vento me traz
junto o meu sussurro aos seus
pois gritar sou incapaz

domingo, 18 de julho de 2010

DÁ-ME ESSA PAZ

Escuto várias queixas
vindas acho que de mim
existem vários presságios
que como indiciam meu fim
por ti ditado
ao meu amor que nada vale

Não pode ser verdade!
Algo deve estar mal!

Não suporto a vaidade
com que te foste assim embora
não aceito a realidade
que me atormenta nesta hora
em que procuro por deus
mas deus ninguém por aqui viu
talvez não sejamos todos filhos seus
talvez sejamos apenas
filhos dessa puta que nos pariu

A revolta minha mente ocupa!
O teu erro não me saiu!

Eu não me dou a essa culpa
Que bem tentas sacudir
Eu não sou a desculpa
Desse teu crime por vir
Que executarás tão friamente
No limiar da perfeição

A vida pactua contigo!
Ela estende-te a sua mão!

Ela dá-te o seu abrigo
e eu só tento perceber
porque faz isto comigo
só consigo escrever
pois é demais para eu gritar
com alguém que não me ouve
nem sequer chega a tentar
nunca tentou

Tudo o que faço é recordar
um tempo que passou
que te esforças por matar
mata-me a mim
mata o meu amor
só não me deixes assim
tira de meu corpo o calor
e dá-me essa paz que tanto quero

Essa paz que tanto espero…

quinta-feira, 15 de julho de 2010

GIVE ME A REASON

Give me a reason
I had no one
I am a wrong piece
Losted in anywhere
Don´t know exactly where
Don´t know exactly why
The only thing I have
Is this love so unreal
Do you feel?
I don´t know but I will try
To fight to you
To fight to me
Cause I am nothing
Valuable to see

But one day…
One day I will be!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

CEGO, SURDO E MUDO

No céu vazio sinto uma tensão
no corpo esta mortal fraqueza
o sangue escorre em minha mão
de quem é não tenho a certeza

Há algo nas palavras que me dizes
que eu não gosto
eu nunca aposto
nesses supostos finais felizes
como aqueles da tv
e eu não sei o porquê
talvez eu pressinta
mas não sei bem o quê
tu não me negas
nem me confirmas
só ditas as regras
reles cruas assassinas

Há algo nos teus olhos
que não consigo decifrar
há algo em tua mentira
que me faz querer matar

Mato!
Mato para não amar!

Eu limpo as mãos desse acto
antes de nas tuas eu pegar
minha culpa a água não tira
nem essa que queres disfarçar

Enquanto isto teu mundo gira
e eu fico aqui pra vê-lo mudar
como a tua cara que se vira
sem para mim sequer olhar

Eu tenho vómitos de razão
eu tenho nojo de tudo
eu fecho meu coração
torno-o cego surdo mudo