Este é o meu último poema
este é o poema que não desejei escrever
este é o último poema
e eu não sei bem o que dizer
estas são minhas últimas palavras
estas são as palavras que eu nunca disse
estas são as últimas palavras
que escrevi sem que deus visse
estes são meus últimos versos
estes são os versos que em vão eu não escrevi
estes são os últimos versos
deste meu livro que só eu abri
estas são minhas últimas rimas
estas são as rimas que escrevo sem pensar
estas são as últimas rimas
deste triste poema por acabar
este é o meu ponto final
este é o ponto que eu nunca desejei
este é o ponto final
deste sonho de que hoje acordei.
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sábado, 14 de agosto de 2010
A ESTAÇÃO
Quase que deu
quase que o apanhamos
foi por pouco mas ficamos
só tu só eu
Senta-te aqui
o comboio ainda demora
não desistas logo agora
por mim por ti
Vamos falando
para fazer o tempo passar
porque o comboio vai tardando
Saibamos esperar
sigamos sonhando
porque um dia há-de chegar
quase que o apanhamos
foi por pouco mas ficamos
só tu só eu
Senta-te aqui
o comboio ainda demora
não desistas logo agora
por mim por ti
Vamos falando
para fazer o tempo passar
porque o comboio vai tardando
Saibamos esperar
sigamos sonhando
porque um dia há-de chegar
EU RETICÊNCIAS, TU EXCLAMAÇÃO
Eu sou sempre reticências
e tu és a exclamação
e assim vamos vivendo
sujeitos às incidências
no clarão da explosão
se tu tens toda a certeza
a mim sobra-me indecisão
eu não tenho essa destreza
para manusear tanta razão
que te preenche e faz voar
para assim tu puderes ver
mais um dia em que vou chorar
por tudo o que sonhei ser
mas que deus assim me tirou
não sei que mais posso fazer
nem sei o que em mim falhou
talvez nada talvez tudo
Vida é poesia censurada
pois o texto é absurdo
e tu és a exclamação
e assim vamos vivendo
sujeitos às incidências
no clarão da explosão
se tu tens toda a certeza
a mim sobra-me indecisão
eu não tenho essa destreza
para manusear tanta razão
que te preenche e faz voar
para assim tu puderes ver
mais um dia em que vou chorar
por tudo o que sonhei ser
mas que deus assim me tirou
não sei que mais posso fazer
nem sei o que em mim falhou
talvez nada talvez tudo
Vida é poesia censurada
pois o texto é absurdo
domingo, 1 de agosto de 2010
PORTA NENHUMA DE UMA RUA QUALQUER
Passo junto a nova porta
eu estranho o caminho
estou numa qualquer rua
o seu nome não importa
a mim fizeram-me sozinho
(Tolos)
Esses que julgam ter alguém
com quem possam partilhar
alguma desta culpa
que toda a gente tem
para assim minimizar
usando como desculpa
fazendo de outro refém
A mim não!
Não desta vez!
Posso até estar perdido
num lugar onde não vês
num lugar não invadido
livre e vago de razão
e de todos os porquês
que não tem explicação
Eu pergunto ao coração
ele não sabe quase nada
o único que sabe
é que a vida vai errada
e nesta rua abandonada
em que o meu eco me conforta
eu saboreio este momento
E sozinho eu me aguento
nesta rua já tão torta
eu estranho o caminho
estou numa qualquer rua
o seu nome não importa
a mim fizeram-me sozinho
(Tolos)
Esses que julgam ter alguém
com quem possam partilhar
alguma desta culpa
que toda a gente tem
para assim minimizar
usando como desculpa
fazendo de outro refém
A mim não!
Não desta vez!
Posso até estar perdido
num lugar onde não vês
num lugar não invadido
livre e vago de razão
e de todos os porquês
que não tem explicação
Eu pergunto ao coração
ele não sabe quase nada
o único que sabe
é que a vida vai errada
e nesta rua abandonada
em que o meu eco me conforta
eu saboreio este momento
E sozinho eu me aguento
nesta rua já tão torta
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