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domingo, 1 de agosto de 2010

PORTA NENHUMA DE UMA RUA QUALQUER

Passo junto a nova porta
eu estranho o caminho
estou numa qualquer rua
o seu nome não importa
a mim fizeram-me sozinho

(Tolos)

Esses que julgam ter alguém
com quem possam partilhar
alguma desta culpa
que toda a gente tem
para assim minimizar
usando como desculpa
fazendo de outro refém

A mim não!
Não desta vez!

Posso até estar perdido
num lugar onde não vês
num lugar não invadido
livre e vago de razão
e de todos os porquês
que não tem explicação

Eu pergunto ao coração
ele não sabe quase nada
o único que sabe
é que a vida vai errada
e nesta rua abandonada
em que o meu eco me conforta
eu saboreio este momento

E sozinho eu me aguento
nesta rua já tão torta

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