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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

PRINCÍPIO DA INSANIDADE

PRINCÍPIO DA INSANIDADE



Enregeladas estão as mãos caídas pelo mundo
No fundo as nossas medidas estavam erradas
Porque entre o dia e a noite não tem diferença
Se ontem havia hoje não mais há

Porque deus
Farto de ser meu veio e matou a minha crença
Não tenho mais esse guia que de cego me matará
Não tenho mais a desculpa para o erro escondido
O meu nome corrompido é tudo o que me sobra
Eu esgotei os meus bons motivos
Num jogo de perigosas manobras

E agora
Nem é noite nem é dia

Naquele nosso equinócio prolongado
Meu corpo gelado que ainda se mexia
Escrevia Amo-te numa qualquer rua

A alma nada dizia
Jazia
Calada junto à tua

Nesta hora que não é dia
Nesta noite que não é agora
Limpo o sangue com que escrevia
Estanco a veia e jogo o amor fora

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