I
de
que servem os versos neste país autista
que só
sabe contemplar a genialidade paralítica de Pessoa
? contra
ele nada mais tenho do que contra qualquer outra divindade,
porque
eu nasci para Anti- Golias nesta pedante terra sem gigantes.
II
Amor,
Liberdade e Poesia… onde estás tu Lisboa, Sonho [Nunca] Esquecido
? foste
poetanol desinfectante nesta realidade fria, nesta terra não prometida,
estéril
de vida, onde os dias pedantes se repetem no seu ritmo entorpecido
e
onde os homens são somente insectos dados à experiência sempre sustida.
III
oh,
as descobertas
! oh,
os cancioneiros
! oh,
a revolução decrépita
! oh,
os banqueiros e os políticos polidos
! tudo
isso me sabe a ranço
!
desta
pátria nada herdo para além das palavras que lanço
como
caravelas de papel afundadas num manso e lúgubre rio.
Sem comentários:
Enviar um comentário