Caminhamos
juntos ao longo do pântano do tempo
onde
relógios de pulso estendem os dias e as noites
-
fotografias de Helsínquia metidas nos bolsos sem uso
onde
trazemos dobrados tratados de paz
e
desinfectante para cortes mal suturados.
Nas
ruas de Helsínquia crianças loiras brincam solitárias
e
resistem ao inverno rigoroso do entendimento humano.
Em
Helsínquia também pode ser encontrado o amor e o ódio,
como
em qualquer outra capital de velho e cansado continente,
sempre
servidos frios,
como
um aperitivo banal numa mesa cheia
onde
gordos homens troçam de um poeta latino,
que
barrou todo o amor e todo o ódio no mesmo pão
fazendo
desse o seu prato principal.
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