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sábado, 1 de janeiro de 2011

PONTOS DISTANTES

Penso em locais diferentes
com pessoas só um pouco irreais:
com um resto de ti e eu.
Perfeitos seres vagueando no espaço,
em pontos tão próximos.

Sonho sonhos desiguais,
atados pela tua voz,
pelo teu concreto silêncio,
que tanto me poderia dizer:

amo-te, por exemplo.

Mas ele não diz isso.

Então eu paro de sonhar,
paro de pensar,
paro de ser homem…

limpo as sobras de ti
e um pouco de mim
que subsiste agarrado ao meu corpo.

Nesse momento somos apenas nós:
resquícios vagueando no espaço,

em pontos tão distantes

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