ouçam os pássaros. ouçam os passos perdidos
de quem não tem para onde ir. escutem. parem.
olhem o silêncio nos olhos por um momento, agora,
sem medo de cair na sua imensidão.
escutem os carros parados no trânsito, o burburinho,
os motores programados, propícios à circulação…
porém estão imóveis.
a gaivota voando junto ao rio e o sol descendo
lentamente. tem tempo.
olhem a cidade. as pessoas como crianças perdidas
traçando rotas, linhas que se cruzam e prendem.
é assim a civilização. somos nós, baços na imensidão.
olhamos para nos conhecermos. vemo-nos num dia,
no outro não.
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