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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

CÉLULAS



Corpos vazios de propósitos vivem,
Comandados por suas células mortas.
Sons esguios, estranhos, me dizem
Velhos ditados que quase nem notas:

“As pessoas sempre seguem o caminho já traçado”

As células estão mortas
e o espírito foi roubado,

por alguém sem culpa sua,
num momento desencontrado.

Por vezes o amor mata,
por vezes o verso é feio,

mas o poema é só um corpo,
por vezes partido ao meio.

Uma vida com falsas razões
movida por linhas confusas:

sensações; palavras obtusas;

células vivas num corpo morto.

2 comentários:

  1. Perdoa-me o preciosismo, mas na segunda linha não quererás escrever "Comandados por suas células mortas"? É apenas porque "Comandos por suas células mortas" não faz tanto sentido literário.

    Gostei da anatomia do poema, da articulação de palavras e do significado que interpretei delas: a eterna divagação sobre o que é nos move e que rédeas temos sobre a nossa própria vida...

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  2. Obrigado pela chamada de atenção. Na verdade, no poema também está escrito "comandados por suas células mortas". Foi uma falta de atenção da minha parte. "Comandos por suas células mortas" não faria realmente sentido. Peço desculpa pelo lapso.

    Obrigado pelas suas palavras

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